quinta-feira, 20 de agosto de 2009

exílio

Era aniversário da Santa e por isso me escondia na área de serviço enquanto toda patota ainda via o fantástico. Me espremi entre a gaiola do ramster e o varal. Da minha parte, era isso. Esperava, feito criança, pelo "parabéns", o bolo e minha redenção. Joguei sexta no bicho e fui buscar as coxinhas para a ceia dominical, o que me comprou algum tempo - com aquela quantidade de rímel, Pedro Bial e fritura, lembrariam do Fusca (O ramster) antes de mim. Então fiz esse acordo silencioso de contar com o Fusca como guardião da minha sanidade.

Pensava na Norminha, flor genital do cordão da lóló no ultimo carnaval. Suava e gritava vulgaridades no meu ouvido, enquanto a Santa ainda girava na Praça Maua. Nem o Futum Jedai que Norminha ostentava me impediu de cumprir meu dever paroquial. Agora estavam as duas na sala - elas, mais meia dúzia de ostras do mesmo quilate e o Zeca Camargo. Rezei um pai nosso e pedi pra tudo terminar rapidamente... e sem dor.

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