quarta-feira, 29 de abril de 2009

strangers in the night

- Só porque você quer.
- Então foda-se! - Claro, pensei mas não falei. Nada que tamanha figura visigótica não merecesse escutar. Talvez não de mim. Tudo bem, provocação aceita, esperei pela minha retribuição - somos todos uns filhos da puta mesmo! A coitada desavisadamente deixou cair o resto do pano que cobria o ombro. Não vi nada, e nem queria, apaguei a luz na mesma hora. Meus olhos sempre duvidam da minha coragem.
- Eu sempre soube! Eu sempre soube!
Antes que lhe mandasse a merda, calei a boca da infeliz da única maneira que era possível. Não ia demorar muito. Cheiro é uma coisa que não mente.
Quando desci as escadas e fechei a porta, na esperança de ser esquecido - seria a glória! - ainda ouço um desmoralizante: - sempre te amei.....
Puta que pariu! Somos todos uns filhos da puta!

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